Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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30 Setembro 2024

Uma das sessões mais aguardadas, e permanentes, do Fórum Fantástico fala sobre recomendações de livros - porque de livros se formou o evento, originalmente, há dezenove anos (ou vinte, contando com a edição zero na FLUL), e de livros se sustém muito ainda (aos quais se vieram entretanto juntar outras expressões artísticas, demonstrando que o fantástico em língua portuguesa é multifacetado e cada vez mais se mexe). Nesta sessão, três palestrantes digladiam-se simpaticamente numa mostra sucessiva de obras que ameaçam as carteiras dos presentes. Este ano contou com a presença de Cristina Alves, João Campos e Artur Coelho, e as lista de cada podem - e devem - ser consultadas aqui, aqui e aqui.

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29 Setembro 2024

Muito se fala sobre o contar de histórias. Que é uma arte. Que só alguns conseguem. Que foi assim que a literatura começou, a contar histórias à noite, em redor da fogueira. O que é estranho, porque não é depois o que se vangloria na dita alta literatura. Os nobeis não são page-turners. O Saramago não era famoso pelos episódios de suspense. Borges não tem uma merecida fama pelos enredos surpreendentes. Estes fazem reflexões, retratos de época. Coisas que nunca se dirão do Martin, por muito que este convide à reflexão e seja obrigado a descrever um mundo e uma época inventados. Nele, a história prevalece, e ofusca tudo o resto. Dizemos isto à boca cheia, sem pensar muito no assunto. Não faz tudo parte afinal da história? O que distingue uma coisa da outra? A história usa verbos, a reflexão advérbios? Uma tem mais diálogos, a outra mais parágrafos? O passar do tempo vai contra o momento de pausa? Uma vende, a outra nem por isso? Uma coisa é certa: há um truque. É preciso saber fazer. Pessoa nunca contou uma história decente. As livrarias e o youtube estão cheios de ensinamentos sobre estruturas e abordagens. A jornada do herói, os 7 passos, os 11 passos. Protagonista, antagonista, avançar, recuar. Boy gets the girl. Girl get the job (at Prada). Dito assim, convida ao bocejo. E contudo, as histórias movimentam multidões e estas milhões. Procuramos ainda hoje as fogueiras. E - pasme-se! - nem sempre é para assistir ao próximo auto-de-fé virtual.

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