Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


Encontra-se em modo de arquivo. Para ler os textos mais recentes, clique em Página Inicial.

30 Setembro 2007

ARRANCA O NOVO VISUAL deste site. Mudou de cara e mudou de orgãos: o que anteriormente estava limitado a um template único, ou dificilmente aceitaria mais do que um, agora tem por base um motor de conteúdos capaz de processar vários. Desde finais de 2004 que andava para efectuar a mudança, algo que só falta de tempo e outros projectos impediram. As melhorias não ficam por aqui, há ainda muito trabalho a fazer. É um (novo) começo...

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

29 Setembro 2007

CRÍTICA AO RECENTEMENTE re-editado Ficções Científicas e Fantásticas, do Artur Coelho. Um destaque:

(...) É, talvez, mal nacional, este desinteresse pelo que ultrapassa a normalidade, pelo que nos faz pensar em frente, pelo que nos desperta a luxúria pelo futuro, que para passar do imaginário ao real só necessita da nossa vontade. É um estado de alma nacional, e não creio que chuvas de computadores ou programas governamentais de intervenção o possam, algum dia, mudar. Registos como o Ficções Científicas e Fantásticas ou outras obras semelhantes afirmam que em portugal ainda há vontade de fazer qualquer coisa diferente.

É bom saber isso. Porque há uma falta de conceber Portugal no futuro, ou o futuro de Portugal. E isso nota-se patentemente nos escritores. Àparte textos satíricos muito ocasionais, não se encontram histórias que abordem solidamente o nosso país ou a nossa cultura no tempo que virá. Inclusive na ficção científica. Inclusive nas várias antologias recentemente editadas, com excepção do conto «Por Detrás da Luz», do João Barreiros (não pela primeira vez na sua obra), passado numa Lisboa do futuro próximo, neste caso em processo de destruição. Inclusive nos contos submetidos para a antologia de fantástico em língua portuguesa, em processo final de elaboração. Não fazemos ideia para onde vamos, talvez que iremos tentando sobreviver num palco global dominado por outros. O que torna mais complicada a tarefa de escrever e pensar ficção científica em português.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

O MOVIMENTO BOOKCROSSING - já aqui anteriormente divulgado - tem com princípio fundamental a da liberdade de acesso à leitura, não necessariamente para substituir a aquisição pela troca (que poderia ser o pesadelo incial de algumas editoras e autores antes de perceberem que o melhor incentivo à leitura é... ler - que por sua vez estimula a continuar, e assim promove o crescimento do mercado), mas para facilitar a disponibilização de obras que rapidamente desaparecem dos escaparates ou são pouco conhecidas ou simplesmente não se encontram editadas no país. Aqui pode haver de tudo um pouco, inclusive autores nunca publicados que disponibilizam as próprias obras (embora isso seja rigidamente vigilado pela comunidade, que rejeita tudo o que sejam actos promocionais). É um fenómeno global, e muito interessante, pois de repente as bibliotecas particulares (ou uma parte delas, excluindo os livros de que nunca os separemos) tornam-se numa grande, mundial biblioteca acessível. Os princípios da boa vizinhança aplicam-se. Fui o primeiro português a inscrever-me no site - por mero acaso, garanto-vos - e infelizmente a falta de tempo e o excesso de leitura especializada rouba-me a possibilidade de poder aproveitar o fenómeno. Poderia ser aplicável nas salas de aula? Aguardemos os resultados da iniciativa desta professora.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

23 Setembro 2007

NA PASSADA SEXTA-FEIRA decorreu na Fnac Colombo (Lisboa) o lançamento do primeiro romance de David Soares A Conspiração dos Antepassados, que aguardo ansiosamente a oportunidade de ler, uma vez que junta Crowley e Pessoa em Lisboa e reconstroi a sociedade portuguesa de início de século, algo em que me encontro igualmente embrenhado, por outros motivos. Deixo-vos aqui, primeiramente com uma crítica da obra, e em segundo lugar (e porque isto é raro de acontecer) com uma gravação vídeo da sessão de lançamento.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

E NEM SEQUER É FICÇÃO CIENTÍFICA, mas pura realidade...

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

JÁ TENHO CONFIRMAÇÃO: o meu «Apêndice para Obra Desconhecida», cuja primeira publicação se efectuou em castelhano na Argentina, na revista Axxón, em Maio passado, foi seleccionado para representar Portugal na antologia Creatures of Glass and Light: New European Stories of the Fantastic, livro editado por ocasião da Eurocon (convenção europeia de ficção científica) que se encontra a decorrer em Copenhaga durante este fim de semana. Aguardo por mais informações sobre os restantes autores e países (bem como o nosso, pois não sei se sou o único representante). Entretanto, o  conto em questão, na versão original portuguesa, aguarda publicação numa revista nacional. 

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

15 Setembro 2007

E NÃO SE ESQUEÇAM que na próxima sexta-feira, 21, chega às bancas uma reposição do Natal passado... agora com desconto.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

DE VEZ EM QUANDO o mundo real merece uma menção neste blog. Eis ciência em acção. O meu entendimento enquanto leigo de física aponta para algo semelhante ao mecanismo da electricidade estática - acumulação de energia seguida por descarga súbita (espero não estar muito enganado). O que não entendo é o fascínio do professor (e de tantos professores) por acetatos desenhados à mão e projectores de luz simples. Será que no mundo dele não existem powerpoints e projectores ligados a computadores portáteis? Ou será que, como nas nossas escolas públicas, há uma imensa falta de financiamento básico (aliado ao que entendo ser uma falta de visão para o potencial das novas tecnologias)?

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

12 Setembro 2007

ESTE BLOG NÃO ESTÁ À VENDA EM NENHUMA BERTRAND.  Como consumidor, tenho dificuldades a adquirir seja o que for na lojas Bertrand. A maior parte destas são pautadas por uma desarrumação incompreensível da mercadoria, tratando os livros como caixas de batatas, assim aos montes, sem consideração por géneros, interesses, necessidades, procuras sazonais. Sem falar no incompreensível odor bafiento que estes espaços em alguns centros comerciais (Colombo, Cascaisshopping) me impedem de passar mais do que alguns minutos a olhar as novidades (será que os empregados não sentem?). É triste pensar-se que se tem um quase monopólio, e é ainda mais triste o facto de realmente haver poucas alternativas com tão igual nível de penetração nacional - a Fnac não chega para tudo. Agora o grupo, para compensar as suas inadequações (o mais irrisório empregado de uma cadeia como a canadiana Chapters-Indigo beijaria o respectivo crucifixo ao entrar numa das lojas, certamente para se proteger contra o mau-olhado da incompetência) e manter a margem de lucro, está a passar mais uma parcela de custos para os editores. Como se a culpa de livros não se venderem fossem unica e exclusivamente de quem os produz. Bem diz o Nuno: como consumidor, temos escolha. Alio-me no boicote às compras em espaço Bertrand (que também já não eram muitas, pelas razões mencionadas), até mais ver. Neste aspecto, ainda bem que nos regemos por uma economia de mercado. Só podemos proteger a indústria literária se acarinharmos quem a faz: os editores, os tradutores, os autores. Os distribuidores (nos moldes como funcionam no nosso país) pouco ou nada contribuem, e nesta era de encomendas por internet até diríamos que atrapalham, pois os correios têm um serviço melhor, mais personalizado e mais barato. E ao invés de remunerarem o autor pela obra ou o editor pela coragem, estão a dar dinheiro - sempre que compram numa livraria normal - à malta dos camiões e dos armazéns. Não me levem a mal, o que está em causa não são as tarefas individuais, que são dignas e meredoras de respeito como todas as restantes - mas como indústria, e face ao que contribuem para o produto final, não merecem comer a maior fatia do bolo.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

08 Setembro 2007

A GUERRA DAS ESTRELAS versão Family Guy. O episódio de estreia da nova época de uma das melhores séries de sátira animada de sempre. Fabuloso!

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

05 Setembro 2007

CITAÇÃO DO DIA. De Charles Stross, in Accelerando:

How would you like to wake up a thousand times inside a smart bomb, fooled into thinking that some Cheyenne Mountain battle computer's target of the hour is your heart's desire? How would you like to wake up a thousand times, only to die again?

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

02 Setembro 2007

E CLARO QUE NUMA CERIMÓNIA JAPONESA de ficção científica não podia faltar o Ultraman... (imagens da cerimónia de entrega dos Hugos, ontem à tarde. Viva a internet!)

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

01 Setembro 2007

E JÁ SÃO CONHECIDOS...  Porque a diferença horária assim o permite. Rainbows End de Vernor Vinge vence na categoria de romance, «A Billion Eyes» de Robert Reed na de novela, «The Djinn's Wife» de Ian McDonanl na de noveleta, e «Impossible Dreams» de Tim Pratt na de conto. Especial destaque para o filme O Labirinto do Fauno como vencedor na categoria de longa-metragem, de longe o nosso favorito mas que foi recebido com desconfiança pela crítica norte-americana, e para o ensaio sobre a vida de James Tiptree Jr pela autoria de Julie Phillips, uma autora cuja complexidade e interesse a poderia categorizar, para o meio académico, como a versão feminina do fenómeno Philip K. Dick. Aos vencedores, os parabéns. Lista completa aqui, análise mais extensa aqui.

Troféu em 2007

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

HOJE É DIA DE HUGOS. O prémio mais cobiçado da literatura de Ficção Científica será hoje entregue aos vencedores das diversas categorias (romance, novela, conto, adaptação cinematográfica, entre outros - cf. lista completa e respectiva explicação), em cerimónia enquadrada na convenção anual do género que se encontra a decorrer no Japão (não só tratando-se da primeira Worldcon realizada na Ásia, como das raras vezes em que esta abandona o espaço americano na qual foi formada). Os nomeados este ano para a categoria de romance apresentam um saudável regresso à temática nuclear da FC, ou seja, obras especulativas fortemente apoiadas no conhecimento científico e no racionalismo (com excepção de His Majesty's Dragon, de Naomi Novik, uma obra de abordagem infantil que mistura guerras napoleónicas e dragões numa história de pouca originalidade). Esta tendência manifesta-se inclusive a nível das categorias de ficção curta, em particular nas noveletas, onde se degladiam dois fortes oponentes (Ian McDonald e Paolo Bacigalupi). E em tempos de globalização, é fácil dar um pulinho à Amazon e adquirir os livros em causa, para não ser preciso esperar as várias costumeiras décadas para a respectiva tradução portuguesa.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

Site integrante do
Ficção Científica e Fantasia em Português