Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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17 Março 2005

UM CONJUNTO DE IDEIAS sobre o futuro que trazem consigo uma perspectiva diferente dos outros tempos em que se falava do futuro: estamos quase lá. E este quase não é o meio século que a FC dos "futuros próximos" obrigava a um romance escrito nos anos 80 e 90 a estar separada do presente (até o Sterling caiu nesta no Islands in the Net); não: falamos de cinco anos no futuro; sete no máximo. Está ao nosso alcance. E se não neste país, algures muito perto de nós, ou pertencendo a alguém com quem possamos contactar; ou vindo ter connosco pelo correio, por email, entrando nas nossas vidas com a subtileza muito particular das inovações tecnológicas do mundo da electrónica. Já notaram como é insidioso, agora, o progresso? Já não falamos de electrodomésticos que nos invadem a casa com uma presença física e autoritária: agora surgem disfarçados de tecnologia antiga, familiar, para não os estranharmos. A própria tecnologia é veículo para outra tecnologia. Olhem bem para dentro dos telemóveis. Um dispositivo que começou como telefone portátil, que nos cabe no bolso, e no qual sempre pensámos como telefone portátil (e na verdade ainda pensamos, motivados pelo marketing), e agora pode ser câmara, agenda, consola de jogos, telefonia, leitor de email, centro de contactos, calculadora, temporizador, agência bancária, corretor de apostas, browser de internet, meio de pagamento, central de reservas, páginas amarelas, controlo remoto, e localizador da vossa presença? Pode pensar-se nele primeiramente como telefone... mas na verdade não é necessário, pois esta função coexiste (tecnicamente, embora não em termos de imagem) em igual modo com todas as restantes. É este o futuro, em que tudo está integrado, em permanente comunicação com tudo o resto, por protocolos e ondas de rádio e fibra óptica? A mobília a reagir à minha presença? E não corremos o risco dos hackers da mobília inteligente?

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15 Março 2005

RAPIDAMENTE ASSUMINDO-SE como o romance de Tecnofantasia do ano. Um percurso de agradável leitura pelo país da mente indiano, mesclando caril, Ganges e nanobôs. Casando (dificilmente) o aroma oriental com os sabores ocidentais (dificilmente porque os sabores sobrepõem-se ao aroma - talvez por o autor ser ocidental? - de tal forma que não estranhamos a viagem, e muito menos a entranhamos, vamos no mesmo autocarro com paisagens pouco conhecidas do lado de fora). Passam-se horas de bom gosto, mas dificilmente um guia para samadhi. 

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14 Março 2005

NÃO É ASSIM TÃO MAU estamos no ranking das 20 mais faladas línguas dos EUA. É como se praticamente fossemos donos do mundo...

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13 Março 2005

OS ROSTOS. Os rostos puros, limpos, transparentes, literários. A vez dos olhos, o mar dos lábios. Os rostos como narrativas, as janelas como tempo. A voz como espaços. «Pior do que morrer-nos um filho», diz o pai, que pouco fala, «é ter um filho que quer morrer.» Há pouco mais que o mar e tudo. Há a morte. Há o desejo demasiado límpido da morte, como desejar o mar. Não há poemas sobre a solidão, aqui. Não estamos no terreno de Sturgeon. Eis a realidade de uma vida que poderia ser bela mas também pode não ser. A redenção não chega, só a morte. Estamos todos nesta viagem, mas há quem se sente mais perto da janela e saiba.

Bravo, Javier. Bravo, Alejandro. Bravo, Espanha. Há muito tempo que não existia um filme assim. Conseguiram fazer afastar-me da porcaria de hollywood durante meses.

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01 Março 2005

SEGUNDA-FEIRA À NOITE e surge-me inesperadamente num canal um dos últimos filmes do Star Trek, precisamente no meio de um casamento muito tradicional entre a conselheira Troy e o palerma do primeiro-imediato (que refrescante não me conseguir lembrar dos nomes das personagens!), e no qual o Data começa a cantar... canções do século XX.

É um suspiro colectivo de alívio pelo fim das séries televisivas o que ouço no ar?

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