Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


Encontra-se em modo de arquivo. Para ler os textos mais recentes, clique em Página Inicial.

27 Maio 2008

E POSSIVELMENTE JÁ SERÁ DO CONHECIMENTO DE TODOS, pelo menos se têm por hábito frequentar o Tecnofantasia.com ao invés de apenas subscrever o feed deste blog (tantos anglicismos para descrever as nossas actuais opções de vida!), mas surgiu no catálogo da Saída de Emergência o novo número da revista electrónica gratuita Bang!, que já vai no número 4. Este número reveste-se de particular importância porque:
  • contém um extenso artigo meu sobre as dores de parto da antologia Por Universos Nunca Dantes Navegados, que, a não ser que morem noutro planeta, já devem estar fartos de saber que foi resultado de uma colaboração de dois anos entre a minha pessoa e o Jorge Candeias para abrir um espaço de publicação de ficção curta de literatura fantástica em língua portuguesa; se de facto moram noutro planeta (ou estão a ler este texto num outro site), têm aqui uma explicação mais detalhada; contudo, se moram em Lisboa ou arredores, ou planeiam por cá passar durante as próximas semanas, sugiro que dêem um salto à Feira do Livro de Lisboa, para arreganhar o cenho antes o mistério do parque LeYa (mais comentários num post futuro) e adquirir um exemplar da nossa antologia à venda no stand da Saída de Emergência (e porque a editora é malta porreira e tem bons livros, acompanhar com algumas das recentes edições deles - sugere-se vivamente a Criança Roubada, de Keith Donohue);
  • contém um conto de Wolmyr Alcantara, «Oberon», em gloriosa representação da nossa antologia, e que serve como gostinho para mais (assim não têm de comprar às escuras...);
  • e contém ainda a minha participação meta-literária à paisana, muito discreta, numa emocionante saga de João Barreiros sobre o estado actual da nossa literatura fantástica...

A somar a isto junta-se o regulamento da antologia Pulp Fiction à Portuguesa, que todas as semanas cresce em colaborações, e que irá manter-se aberta a colaborações até 31 de Outubro (o prazo inicial era o próximo 31 de Maio). Face ao interesse, à nossa aposta na qualidade e na apresentação de novos valores, e no adiamento estratégico da data de publicação para o início do próximo ano de forma a que o livro não se perca no meio das edições de treta habituais da época festiva, estendemos o período de submissão e leitura - já não precisam de terminar à pressa, aproveitem o Verão para polir as vossas emocionantes aventuras rocambolescas.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

15 Maio 2008

SI A EVLUÇÃO DECORRES por vio de alterazões inexperadgas no cógido gepético, prodozondo una vareadadi di serez com diferrents capaxiddes de adatapção ao maio ambionte, dus cuais só u maiz capasse sobrvive, porke tratare a linguaxem de furma difrante? Para que preocupassãos kom akordus artogróficos, come si foxxe pussibivel ficsar no temp i no espaç a dinômica da lingooaxe? Venhão antes us errs ortogróficus, as palarvas mal dotas, as encorrexões de escriba... e tal komo no veidio a xeggir, ixperar ke naçsa una noiva forgma de falare.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

12 Maio 2008

LIVROS À MEDIDA? A ideia é um pouco mais sofisticada: soluções à medida para a indústria do livro. A aposta inovadora dos Booktailors (no meu humilde entendimento) pretende assim trazer conhecimento especializado e abordagens diferenciadoras por uma equipa de especialistas, ajudando o editor a desempenhar a sua actividade e disponibilizando-lhe a informação necessária para tomar decisões de negócio fundamentadas. Serão nesse sentido dos poucos consultores profissionais da indústria do livro a actuar junto das nossas editoras, com conhecimento do mercado, e, factor essencial, gosto pela literatura. Foi com satisfação que vi a empresa surgir, pois a mera existência e viabilidade deste modelo de negócio é um dos indícios mais importantes da profissionalização do sector editorial português. A equipa mantém um blogue interessantíssimo, capaz de suscitar comentários e participação. Por algum motivo (decerto insanidade...), consideraram um dos meus comentários de qualidade suficiente para ser transposto para a página principal, honra que agradeço imensamente. É uma das minhas chamadas de atenção para os modelos de divulgação por internet que se encontram a ser utilizados pelos nossos compadres editoriais norte-americanos, sempre atentos à melhor forma de aproveitar meios de comunicação baratos ao nosso dispor. Algo que abra um pouco mais a porta das nossas mentalidades ainda demasiado empoeiradas e tacanhas.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

11 Maio 2008

E NÃO SE TRATA PROPRIAMENTE DE SINCRONICIDADE (ver post anterior), porque, enquanto grande defensor da liberdade da informação e da disseminação de ideias, Cory acabou de disponibilizar, outra vez gratuitamente, o conteúdo integral do seu romance juvenil Little Brother, um apelo ao individualismo e à liberdade de movimentação aos jovens numa sociedade tecnocontrolada. A mensagem é importante, e embora não tenha ainda tido oportunidade de apreciar a obra, é imprescindível comece a surgir numa fase em que a tecnologia de vigilância não seja ainda ubíqua. Encontramo-nos todos embevecidos com o deslumbramento da internet, que nos esquecemos (e as gerações mais velhas são particularmente culpáveis) de que, há apenas vinte anos, a maioria da informação hoje disponível em poucos segundos só conseguiria ser obtida pelo acesso, por vezes complicado, a enciclopédias e manuais de referência e bibliotecas, e que poucas décadas antes as pessoas incorriam em risco físico se proferissem ideias que não agradavam ao regime de então. A natureza humana não mudará tão facilmente, no sentido de quem estiver no poder não estar na disposição de cedê-lo sem luta. Se dantes era possível trocar palavras de revolta numa esquina, num bar, na privacidade do lar, era por não existirem microfones nem telemóveis nem câmaras dissimuladas nem sistemas de interpretação automática de contextos. Será cada vez mais difícil, a partir de agora. Com uma enorme economia de mão-de-obra, apenas com um conjunto de processadores ligados em rede e muita memória (uma arquitectura técnica cada vez mais barata e conveniente), a hipervigilância não só é uma realidade possível como começa a concretizar-se dissimuladamente em tudo o que nos rodeia - não apenas na consciência dos cartões electrónicos de identidade e de pagamento/crédito, como nos dispositivos identificadores imbutidos nas nossas roupas (os RFID), elaborados com o objectivo de controlar processos de fabrico ao pormenor mas que ultimamente poderão servir os propósitos de governos demasiado ansiosos. Lembrem-se: num regime tecnofascista ninguém vos ouvirá gritar.

[Link Permanentedel.icio.us  technorati  digg  facebook  reddit  google

Site integrante do
Ficção Científica e Fantasia em Português