Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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24 Abril 2021

Se seguis este blogue, sabei por este anúncio que a Editorial Divergência aceitou a minha proposta de organizar uma antologia temática dedicada ao final dos tempos, a esse terrível e temido período de destruição, tragédia mas também de potencial renascimento. Há quase uma década que esta proposta circulou pelas (poucas) editoras do Fantástico, entre Portugal e Brasil, até ser aceite pela Divergência, com quem já organizei O Resto É Paisagem - livro que teve o seu sucesso possível para uma literatura, afinal, não tão emocionante e popular entre nós, como o é, ao longe, noutros países. Emoção é o que se quer, desta vez: descrições exuberantes, mistérios insondáveis, hecatombes de arrepiar a espinha. Inspirada pelos filmes de Hollywood, a antologia quer, antes de mais, demonstrar que também em língua portuguesa se podem - e sabem - contar histórias de grande espectáculo (ainda que com orçamentos mínimos). No papel, ou no ecrã, todos os efeitos especiais são possíveis, e todos têm o mesmo custo, como não se cansava de lembrar, fruto da experiência, o saudoso António de Macedo. Mas não se limitem a esta breve apresentação, pois outra, mais extensa, aqui se encontra, acompanhada do regulamento Fixem a data: 31 de Agosto deste ano. E acompanhem este espaço, no qual deixarei periodicamente interrogações, pistas, mapas, empurrões, imagens, e outras promessas de acepipes que vos anime o palato, como autores e como leitores.

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09 Março 2021

Não obstante a possível, e cruel, leitura política e social do ditado «De pequenino se torce o pepino», infelizmente é normal encontrarem-se evidências da sua pertinência em citações como esta (negrito nosso), em que se comenta uma condição cultural tão peninsular quanto infeliz, e que pode estar (estará, certamente) na raíz do desapego de longa data, também da literatura portuguesa, com os temas do Fantástico:

Estas publicaciones también se popularizaron en España, pero caracterizadas por un tono más educativo y moralizante que las que se imprimían en otros países europeos. Cuando en la península se publicaba La Educación Pintoresca (1857-1859), en Francia nacía La Semaine des Enfants, un semanario parisiense con leyendas y cuentos de hadas que contrastaba con las historias aleccionadoras hispanas. El realismo español había enraizado en todos los ámbitos literarios y la literatura infantil y juvenil no iba a ser una excepción; de hecho, la mayoría de los escritores que se ocupaban de ella lo hacían con fines claramente instructivos. Los mundos fantásticos poblados de hadas y as medievales no tendrían un eco destacable en sus historias hasta finales de siglo.

Pato, Breve Historia de la Fantasía, p.81, Ediciones Nowtilus, 2019.


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