Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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20 Julho 2010

Sem Mais Informações que os dois trailers insalubres, a inevitável e nada original sequência dramática no cimo de um prédio, as frases promocionais pretenciosas («a vida é ampla»?) e erradas (são 7 mil milhões de pessoas, e não 7 biliões *), e a vaga desconfiança de que o filme esteja a querer pavonear-se perante o mercado norte-americano com elevado grau de amadorismo, é com bastante receio que encaro esta recente tentativa de fazer ficção científica às mãos de portugueses. Para tal, não ajudou deparar-me com um Joaquim de Almeida a sair do carro após o que devem ser horas de condução em pleno deserto norte-americano com o fatinho imaculado e sem um único vinco (bastaria tirar-lhe o casaco, senhores...), para ser salvo do acto a que se propõe pela voz do GPS (que se limita a reagir de sinais de satélites em órbita, o que não é, portanto, indicação de que esteja mais alguém vivo no planeta, o que o protagonista deveria saber) - o único traço que salvaria a cena da banalidade estaria, no mínimo, em utilizar a pistola contra a voz irritante do dispositivo, antes de retomar o intento. Mas para quê tentar-se a diferença? Ou sequer a ironia?

Além disso, o facto de ante-estrear num centro comercial creio que diz biliões... perdão, milhões.

(Bem, oxalá me engane.)

* - corrigido numa versão mais recente do mesmo trailer.

Actualização: o sempre atento Luís Rodrigues, faz notar, e bem, o seguinte: «Já dizia Einstein que tudo é relativo.  E relativisticamente falando, todos os satélites GPS sofrem com dessincronizações por dilatação do tempo, diferenças na velocidade angular entre o satélite e o receptor à superfície, excentricidades da órbita, etc.  Tal significa que estes satélites têm de ser constantemente monitorizados e os relógios de bordo corrigidos.  Alguma monitorização é automática (partindo do princípio que os computadores de sincronização têm corrente eléctrica para funcionar), mas não é resposta a todas as emergências.  Por isso diria que o bom funcionamento do GPS é um excelente sinal de que há outros seres humanos vivos no planeta, entre outras coisas ocupados a sincronizar os relógios dos satélites numa base militar algures no Colorado.» Infelizmente, o Luís, que eu saiba, não foi consultor criativo do filme...

Já temos entretanto crítica e opinião fundamentada.

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20 Julho 2010

O Dia Acordou, surpreendentemente, com citações de Kurt Vonnegut Jr., em particular: «Any reviewer who expresses rage and loathing for a novel is preposterous. He or she is like a person who has put on full armor and attacked a hot fudge sundae.» Ah, e com a descoberta da elevada toxicidade do paracetamol, que tem um nível mínimo de sobredosagem muito baixo (cinco vezes inferior ao da aspirina), podendo resultar em graves lesões hepáticas, a qual deu outra perspectiva ao futuro custo/benefício de aliviar as mazelas da gripe (as minhas leituras estão algo eclécticas...).

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