Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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04 Janeiro 2008

ESTAVA-SE EM INÍCIO DOS ANOS 90 e um filme de FC quase esquecido apresentava uma continuação que faria história no cinema e consagraria James Cameron como o realizador a apostar quando se quisesse fazer sequelas de histórias de acção e fantástico. Terminator 2 destacou-se pela bravata, pela intensidade da abordagem, pela inteligência dos efeitos visuais, na apresentação de uma visão do futuro que, mesmo não fazendo muito sentido lógico, era directa, assumida, implacável. Linda Hamilton trouxe uma nova forma de actuar para as heroínas de acção, finalmente destacando-se da personagem indefesa do filme anterior. Arnold representou o papel de uma máquina implacável com uma contrição muito sua, aproveitando-se devidamente da sua aparência de imigrante entre americanos. E Robert Patrick passa a quase totalidade do filme sem uma única deixa mas com uma presença marcante, mostrando-se como é possível actuar apenas pela expressão corporal e com uma personagem tão limitada. Da terceira parte, já nesta década, esperemos que reste tão pouca memória quanto de Highlander 2.

Infelizmente, o filão não ficou por aqui, e agora surge na televisão norte-americana os episódios intermédios da saga, ou seja, o que teria acontecido entre a segunda e a terceira parte (onde a mãe do puto já não existe). The Sarah Conner Chronicles prometem muito diálogo introvertido, muito umbiguismo, alguma simbiologia de Beckett, no sentido em que estaremos todos à espera de Godot, ou seja, de uma abordagem inovadora que provavelmente nunca virá. Algo que nunca compreendi é porque existia apenas um robô atacante de cada vez. Porque é que do futuro não enviaram dezenas, centenas de máquinas para tentar acabar com o miúdo, em simultâneo na mesma época (e uma vez que os defensores fariam o mesmo, imaginem o combate titânico destes verdadeiros exércitos). Ou matar os pais antes de se encontrarem. Ou libertarem simplesmente dardos, substâncias tóxicas, veneno nas condutas de água e na comida das vilas onde iam morando, pragas biológicas no ar - mesmo que dizimassem uma boa parte da população, não tinham como objectivo acabar com o puto fosse como fosse? Estão a ver como se pode levar o conceito a um crescendo caótico de loucura? E como, pensando bem, as abordagens dos filmes até hoje são realmente pobres.

Duvido que a série siga este rumo. Pelo trailer, promete-se mais perseguições de carro e explosões. Resta-nos Lena Hadey, discreta mas bela em 300, com a sua beleza e competência como actriz, que talvez componha o ramalhete. E a nova exterminadora, que talvez venha também a ser governadora da Califórnia... (Via Sound+Vision).

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03 Janeiro 2008

«BARTOLOMEU» EFECTUA PRIMEIRO VÔO IBÉRICO. Iniciativa do multimilionário catalão Castels Plat, o «Bartolomeu» é o primeiro dirigível da era moderna a funcionar numa rota comercial, com vôos regulares dentro do espaço ibérico. De acordo com os comunicados de imprensa, «nesta era de aeroportos congestionados, medidas de segurança incómodas, serviço a bordo de baixa qualidade, atrasos no embarque e confusão generalizada», o uso de dirigíveis seguros e baseados em tecnologia de vanguarda pretende «devolver à viagem aérea o glamour e o romantismo que merece, proporcionando espaços de lazer extensos onde os passageiros podem descontrair, divertir-se e apreciar a paisagem». A primeira viagem levará cerca de sessenta passageiros, entre os quais amigos pessoais e convidados de Castels Plat, e fará a ligação da sua propriedade de Montserrat à zona de Vila Nova de Milfontes, com uma duração estimada de sete horas. Para passar o tempo, os passageiros poderão relaxar na zona de massagens e terapia, ver filmes na sala de projecção, ou ainda assistir à actuação especial da dupla romântica Casels y Casels. O jantar, confeccionado a bordo, estará a cargo nesta viagem do famoso chefe Juán Sentil, que prometeu uma mostra gastronómica da Catalunha. Aqueles que não conseguem estar muito tempo longe dos seus afazeres, poderão usufruir da sala de comunicações, equipada com computadores, internet e telefones em cabinas isoladas para completa privacidade. Não é à toa que lhes chamam de «palácios celestes». O preço de entrada, por outro lado, é que não se assemelha aos dos palácios em terra... [Agência Nacional de Notícias, 03.01.2013]

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