Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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29 Setembro 2007

CRÍTICA AO RECENTEMENTE re-editado Ficções Científicas e Fantásticas, do Artur Coelho. Um destaque:

(...) É, talvez, mal nacional, este desinteresse pelo que ultrapassa a normalidade, pelo que nos faz pensar em frente, pelo que nos desperta a luxúria pelo futuro, que para passar do imaginário ao real só necessita da nossa vontade. É um estado de alma nacional, e não creio que chuvas de computadores ou programas governamentais de intervenção o possam, algum dia, mudar. Registos como o Ficções Científicas e Fantásticas ou outras obras semelhantes afirmam que em portugal ainda há vontade de fazer qualquer coisa diferente.

É bom saber isso. Porque há uma falta de conceber Portugal no futuro, ou o futuro de Portugal. E isso nota-se patentemente nos escritores. Àparte textos satíricos muito ocasionais, não se encontram histórias que abordem solidamente o nosso país ou a nossa cultura no tempo que virá. Inclusive na ficção científica. Inclusive nas várias antologias recentemente editadas, com excepção do conto «Por Detrás da Luz», do João Barreiros (não pela primeira vez na sua obra), passado numa Lisboa do futuro próximo, neste caso em processo de destruição. Inclusive nos contos submetidos para a antologia de fantástico em língua portuguesa, em processo final de elaboração. Não fazemos ideia para onde vamos, talvez que iremos tentando sobreviver num palco global dominado por outros. O que torna mais complicada a tarefa de escrever e pensar ficção científica em português.

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29 Setembro 2007

O MOVIMENTO BOOKCROSSING - já aqui anteriormente divulgado - tem com princípio fundamental a da liberdade de acesso à leitura, não necessariamente para substituir a aquisição pela troca (que poderia ser o pesadelo incial de algumas editoras e autores antes de perceberem que o melhor incentivo à leitura é... ler - que por sua vez estimula a continuar, e assim promove o crescimento do mercado), mas para facilitar a disponibilização de obras que rapidamente desaparecem dos escaparates ou são pouco conhecidas ou simplesmente não se encontram editadas no país. Aqui pode haver de tudo um pouco, inclusive autores nunca publicados que disponibilizam as próprias obras (embora isso seja rigidamente vigilado pela comunidade, que rejeita tudo o que sejam actos promocionais). É um fenómeno global, e muito interessante, pois de repente as bibliotecas particulares (ou uma parte delas, excluindo os livros de que nunca os separemos) tornam-se numa grande, mundial biblioteca acessível. Os princípios da boa vizinhança aplicam-se. Fui o primeiro português a inscrever-me no site - por mero acaso, garanto-vos - e infelizmente a falta de tempo e o excesso de leitura especializada rouba-me a possibilidade de poder aproveitar o fenómeno. Poderia ser aplicável nas salas de aula? Aguardemos os resultados da iniciativa desta professora.

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Ficção Científica e Fantasia em Português