Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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02 Agosto 2007

A DESCOBERTA DO DIA. Stephen King estudou no liceu de Lisbon, Maine. Alguém interessado em abrir a escola de escrita criativa Maine, em Lisboa?...

Na qual se ensinaria apenas uma regra básica para a concepção da história, curiosamente ausente da maioria dos cursos: que tem de partir de uma vincada opinião pessoal, em forma de reacção face a determinado evento, a qual tem de ser dita pelo autor pois não está suficientemente representada pelos argumentos existentes...

Exemplos?

  • O Necronomicon é na verdade um manual de instruções técnico para a invocação de seres extra-dimensionais que se alimentam da inteligência e que se encontra fragmentado e disperso por todas as ficções lovecraftianas e derivados existentes [reacção perante o fenómeno Lovecraft, o equivalente da Rowling de então, um fraco exemplo das verdadeiras capacidades da literatura de horror mas ainda hoje extremamente famoso e influente] - «Aquele Que Repousa na Eternidade»;
  • o próprio espírito íntimo do criador pode ser igualmente resultado e objecto de uma concepção artística [reacção perante a história de vida de James Ellroy e o tipo de obras negras e acídicas que produzia] - GalxMente;
  • obedecer aos sonhos é inevitável mas perigoso, pois se primeiro fazem, depois desfazem [observações relativas aos meus companheiros de geração e aos problemas que nos assolam, agora que estamos a chegar à meia-idade] - «A Vida da Minha História»;
  • o uso ardiloso de mensagens publicitárias sobre assuntos publicamente delicados pode ser capaz de manipular intencionalmente multidões e desencadear a psicose colectiva [forte reacção contra a prepotência do estilo de marketing da Benneton] - «The Rodney King Global Mass Market Artwork».

E para descontrair, que tal a versão simpsons do Zona Morta, inspirada no autor em questão?

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31 Julho 2007

A «SOMBRA» AINDA MEXE, neste caso pela mão do Rui Baptista, que lhe dedica uma breve apreciação. E constitui mais um exemplo de como a imprensa escrita pouco anda atenta ao nosso género fantástico, uma vez que as críticas ao livro (ou seja, comentários de leitores efectivos, e não crónicas generalistas, como, por exemplo, a dos «Meus Livros», na qual, não obstante o merecido valor da divulgação e dos autores destacados, se percebia que o jornalista não lera uma única página do livro - ou se lera, não mostrou tal na reportagem) aconteceram primordialmente no espaço bloguista nacional, as quais se deveram principalmente ao entusiasmo dos respectivos autores (que não são pagos para informar o público leitor, ao contrário dos referidos jornalistas) e sem os quais teria o livro teria mais uma vez passado completamente despercebido. 

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