Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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06 Julho 2007

E PARA TERMINAR O DIA, observem como o Charles tenta explicar a alguém do passado (e não se trata de um passado remoto, apenas 1977) uma peculiar notícia sobre formas extremas de publicidade em territórios virtuais de interacção social (como o Second Life, ou neste caso, o World of Warcraft). Pertencendo eu a uma geração que perdia os dias da juventude embrenhado no Spectrum, a aguardar cinco minutos ou mais pelo carregamento de um programa (qual o miúdo que actualmente aguentaria isso?), consigo entender o fascínio do jogo electrónico nas novas gerações, em particular porque lhes confere um espaço de simulação e liberdade para adoptar personalidades completamente distintas do que pais, educadores e mundo lhes permitem ser no mundo real (desta forma adoptando e transformando a função educativa dos contos morais? Isso seria um tema para debates mais sérios e mais bem informados. Em particular, considerem o seguinte: se nos contos morais havia uma clara relação entre comportamento e consequência, o que ensinam estes jogos às crianças actualmente? Um pré-adolescente que conquiste uma personalidade guerreira dominante num jogo social irá recuperá-la, na idade adulta, nas interacções do dia-a-dia? Sentirá que o mundo real também precisa de ser conquistado, de ter regras e pontuações e escalões de comportamentos? Estaremos a edificar lentamente um novo paradigma de sociedade?). Pensem agora no potencial mundo de 2033, e entendam porque é tão difícil escrever ficção científica (e porque é tão fácil escrever fantasia, em que comportamentos sociais, economia e sentido ético seguem um modelo sanitizado do que as pessoas pensam ser a Idade Média...)

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06 Julho 2007

JÁ NÃO ERA SEM TEMPO a entrada de mais um dos nossos advogados do género (passe o pun de ser o João advogado de profissão, além de tradutor e crítico para Os Meus Livros) neste fabuloso mundo virtual dos blogues, em que muitos escrevem e poucos lêem, ou seja, algo como a poesia, portanto uma entrada corajosa, e duplamente, pois o João afia bem os gumes dos argumentos antes de entrar no ringue, como se pode ser ler nesta interessantíssima discussão sobre os malefícios da igreja católica. Bem vindo sejas, então, Seixas. Agora só falta convencermos o João Barreiros e poderemos estabelecer o novo triunvirato gnóstico lusitano do século XXI - se aquele gajo do Nebraska se safou e encheu os bolsos à custa disso, por que não outros?...

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