Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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11 Abril 2007

UM BLOG AO MESMO TEMPO original, divertido, cativante e despretencioso. Tantas coisas que muitos outros blogs (inclusive este?) se esquecem de ser... (E uma óptima forma de promover um livro e um real estilo de escrita.)

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10 Abril 2007

NINGUÉM É VERDADEIRAMENTE ADULTO? Benjamin Rosenbaum conduz a premissa ao extremo neste interessante conto que tem agora uma versão audio. Atentem na perspectiva literária do adulto face ao ponto de vista da criança «incrementada» (neste caso, uma criança que não cresceu fisicamente para lá dos Nove anos):

It reminded me of my own mother, oohing and aahing over brick-hard cookies I'd baked her one winter morning in the slums of Maryland, back when my aetial age was still tied to Nature's clock. My mother holding up the wedding dress she'd planned to give me away in, its lacy waist brushing my chin. One evening in college, when I'd looked up at the dinner table, halfway through a sentence -- I'd been telling her about The Hat On The Cat, my distributed documentary (a firebrand polemic for Under-Five Emancipation; how cybernetics would liberate the Toddlers from lives of dependence) -- and saw in her eyes how long ago she'd stopped listening. Saw that I wasn't Nine to her, but nine. Saw that she wasn't looking at me, but through me, a long way off -- towards another now, another me: a Woman. Big globes of fatty breasts dangling from that other-me's chest; tall as a doorway, man-crazy, marriageable; a great sexualized monster like herself, a walking womb, a proto-Mommy. She was waiting for that Susan, Woman-Susan, who would never show up.

Este ponto de vista é singular mas comum ao género - uma alteração no status quo dos fenómenos que consideramos actualmente naturais e intocáveis (o crescimento das crianças, neste caso) e que graças à tecnologia passam a constar do domínio da nossa vontade e controlo. Em nenhuma outra manifestação literária se conseguiria, com tamanha autoridade, desprendimento e consequente autenticidade, demonstrar a perspectiva proposta. Neste caso, encarar um adulto não como um fim a atingir, mas como um estádio a evitar, longe da pureza e controlado pelas hormonas - uma alteração radical do senso comum, do que acreditamos hoje em dia. E notem que, sem a bengala tecnológica, sem a verosimilhança de um pseudo-rigor científico quase concretizável, este mecanismo literário não funciona, ou perde o impacto, não passaria de uma mera técnica impressionista, distanciada da realidade. Desde que não se incorra no erro de exceder a descrição técnica dos procedimentos subjacentes ao admirável mundo novo, é nesta manifestação do género que a TecnoFantasia se manifesta: a conquista lenta e progressiva de território aos processos da Natureza.

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