Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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22 Fevereiro 2007

RECONHECENDO A ESTRANHA COINCIDÊNCIA da mistura de um Terror (Dan Simmons, ver post anterior) com a natureza da Ciência e da Fé, e contribuindo para debates sobre identidades fantásticas na ficção, e por fim demonstrando que este blog em nada é insensível ao Mistério do que nos Rodeia, junto-me a Matthew Cheney na celebração do centenário de Auden (principalmente porque os escritores devem ser celebrados, independentemente das suas ideossincracias - ou talvez por as terem), e do respectivo blog cito a demonstrada citação:

O what authority gives
Existence its surprise?
Science is happy to answer
That the ghosts who haunt our lives
Are handy with mirrors and wire,
That song and sugar and fire,
Courage and come-hither eyes
Have a genius for taking pains.
But how does one think up a habit?
Our wonder, our terror remains.

Art opens the fishiest eye
To the Flesh and the Devil who heat
The Chamber of Temptation
Where heroes roar and die.
We are wet with sympathy now;
Thanks for the evening; but how
Shall we satisfy when we meet,
Between Shall-I and I-Will,
The lion's mouth whose hunger
No metaphors can fill?

Well, who in his own backyard
Has not opened his heart to the smiling
Secret he cannot quote?
Which goes to show that the Bard
Was sober when he wrote
That this world of fact we love
Is unsubstantial stuff:
All the rest is silence
On the other side of the wall;
And the silence ripeness,
And the ripeness all.

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21 Fevereiro 2007

A MELHOR CRÍTICA sobre o que considero ser, para já, o melhor romance deste ano (e não - para sustentar uma afirmação minha passada que, não reflictindo a totalidade das minhas opiniões sobre o assunto [e talvez por isso mesmo], suscitou alguma polémica - , não é tecnicamente ficção científica, e no entanto utiliza os instrumentos, as técnicas e a abordagem racional da ficção científica com maior segurança e vitalidade que muitos romances ditos do género). O livro chama-se The Terror, por Dan Simmons, e é uma leitura apaixonante (dos raros livros que nesta minha fase da vida me vão acompanhando em viagem e para o qual desejo voltar durante o dia - quando era mais novo não costumava ser tão exigente) sobre a travessia falhada da expedição marítima de Sir John Franklin ao tentar mapear o percurso final da passagem para Ocidente pelos mares do Norte - ou seja, em natureza semelhante à expedição de Fernão de Magalhães (que é alvo da minha contribuição na recente antologia Sombra Sobre Lisboa), com a diferença que Franklin seguia pelos mares gelados do norte do Canadá, com equipamento mais sofisticado em meados do século XIX, maior número de homens, e no entanto falhou. A crítica é de John Clute, mestre do assunto, embora deva avisar que contém imensos spoilers.

(Imagem do Museu McCord de História do Canadá)

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