Exposição Prolongada à Ficção Científica  

   um blog de Luís Filipe Silva


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23 Junho 2018

Colecção Barbante , assim designada para fazer lembrar os tempos em que as novelas chamadas de folhetins (porque de folio ou folha ou edição rudimentar) se vendiam a trocos de reis, expostas em cordeis ao lado do alho-porro e dos chouriços de sangue (imagem literária que serviu de inspiração a Bram Stoker, aquando da passagem por Lisboa, para a figura do vampiro, que só não se designou por marialva porque nenhuma das varinas falava inglês*). A malta da Imaginauta recuperou esta tradição e imprimiu artesanalmente em computador uma série de contos (ditos curtos porque chamá-los de anões é correctamente impolítico) que andaram à venda nos festivais (da literatura, os únicos em que o Tony não canta) por aí e acolá. Duda Falcão com «A Criatura do Travesseiro» (curto e eficaz), «De onde veio a máscara?» de Rui Bastos (circular e sanguinolento q.b.), «Deus à presidência» de Aldenor Pimentel (que o povo consegue depor, ao contrário de outros). «Uma última volta» de Ana Luz (que viaja por dentro como qualquer texto entre capas), e «O Duende delegado» do Luís Melo (que, como é hábito, nos diz muito mais do que nos conta). Oxalá venham mais e mais e mais (até perfazerem uma antologia como esta).

(*) E se for verdade?

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19 Junho 2018

Lisboa Vista Sob as Estrelas , numa noite que se quer sem chuva (ou no mínimo, das muito ligeiras), pois o telhado do convento encontra-se ausente em parte incerta, e acabou sendo uma boa aposta, ainda que arriscada, da organização realizar em mês de Junho de um ano sem primavera este espectáculo «multimédia» (limitado a som e imagem, o que o colocaria num patamar equivalente a uma sala de projecção, mas enfim) e «imersivo» (admito, houve momentos brilhantes, como a sequência do terremoto) que aproveita as paredes despidas como telas. O efeito é agradável, embora a sequência tenha momentos menos envolventes, os pontos de contacto com a história portuguesa são os canónicos (pese no entanto a subversão de banhar todos os americanos que nos rodeavam, vacinados de longa data contra a ameaça comunista de Leste, com a marcha vermelha de «Grândola Vila Morena»), e a voz da Teresa Salgueiro será eternamente portentosa. Ponto negativo: teria sido simpático disponibilizar algumas cadeiras, nem todos estão dispostos a sentarem-se no chão. A reter: o uso do espaço como símbolo privilegiado de união entre o terreno e o estelar - a forma de nave da disposição sacra - dizendo, de outra forma, um lugar apropriado para uma (outra) interessante projecção sobre Ficção Cientifica?

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